Fabiana da Silva, 28 anos, atleta da seleção brasileira de Badminton, atual 123 do ranking internacional destaque do Brasil na modalidade. Fabiana conheceu o Badminton por acaso, era atleta de vela e de repente por uma condição climática, conhece o esporte que é praticado com raquete e peteca. A brasileira já disputou diversas competições nacionais e internacionais, entre suas conquistas destaque está a medalha de prata por equipes nos Jogos Sul-Americanos de 2010 em Medellín, no sul-americano de 2012 foi tríplice coroa (o ouro nas provas nas provas individuais, dupla feminina e mista); terceira colocada em dupla mista e simples no Pan Americano de 2013, terceira colocada no de 2014, prata por equipes em 2016 e 2017. Campeã do Brasil Internacional Challenge 2017 em mista, vice campeã em simples e terceiro em dupla feminina. Em entrevista exclusiva ela conta como conheceu o Badminton, as regras da modalidade, como está a atual situação da confederação brasileira de Badminton-CBBD, dentre outras curiosidades da sua carreira.
1) Como você conheceu o Badminton e decidiu se tornar uma atleta profissional?
Eu conheci o Badminton através da Vela. Quando eu era criança eu velejava e um dia que não tinha vento, meu professor de vela chamado Inácio estava com as raquetes e umas petecas no porta-malas do carro e apresentou a modalidade (nunca tinha escutado falar na vida) e fiquei brincado na praia, acabei gostando e continuei no Badminton.
3) Explica um pouco da modalidade. Como ela é jogada e suas regras?
O Badminton é melhor de 3 sets de 21 pontos corridos com diferença de 2 pontos ,fechando em sets 2×0 ou 2×1. O objetivo é que a peteca caia na quadra adversária dentro dos limites da marcação de cada prova ou forçar o seu adversário ao erro para assim fazer o ponto. O saque sempre começa do lado direito, e vai mudando os lados do saque conforme vai fazendo ponto, número par direito e número ímpar esquerdo.
4) O Badminton do Brasil fez sua estreia em jogos olímpicos no Rio de Janeiro. O legado olímpico está tendo continuidade, ou já acabou todo o apoio que estavam dando?
No momento atual não está tendo treinamentos e nem há uma seleção brasileira , as atividades foram suspensas e ainda não tem data para dar inicio. Depois do Brasil Open Internacional eles dispensaram a seleção e as atividades e disseram para que cada atleta retornasse com os treinamentos nos seus respectivos clubes, foi isso que passaram para nós atletas. Estamos sem saber do nosso planejamento visando Tóquio, o que seria importante nesse novo ciclo olímpico.
6) Você faz parte da seleção brasileira de badminton há alguns anos. É notável a evolução no badminton do país?
É notável como o Badminton vem progredindo ao longo dos anos, desde a conquista da primeira medalha de 2007 nos jogos Pan Americanos o Badminton vem aumentado o número de praticantes. E com a chegada do Treinador Marco Vasconcellos de Portugal que já está no Brasil a algum tempo fez com que nosso Badminton melhorasse muito, elevando o nosso nível e conquistando muito mais resultados em competições internacionais.
7) Agora falando na temporada de 2017, você já disputou três competições. Esta satisfeita com esse inicio de temporada?
Estou satisfeita, não esperava esses resultados, pois tive pequenos “contra tempos” durante o período de preparação e durante as competições, e também não tivemos um período maior de preparação como os outros anos, mas graças a Deus deu tudo certo! Como o Pan Americano por equipes foi em fevereiro e lá conseguimos a medalha de prata, repetindo o resultado do ano anterior e logo em seguida foi o campeonato brasileiro e lá fui tríplice coroa ganhando as três categorias que participei, na simples e dupla feminina e dupla mista, e logo em seguida foi o Brasil Open internacional que também obtive um resultado expressivo nas três categorias que participei. Fui campeã na dupla mista, vice campeã na simples e terceiro na dupla feminina.
8) Estes resultados te dão uma motivação a mais para seguir firme nos treinamentos e competições?
Motivação é o que faz um atleta querer ir além, e lógico que esses resultados me motivaram, porém não depende só de mim e sim das condições que terei para poder treinar e tudo mais!!
9) Quais serão suas próximas competições?
Ainda não tenho previsão de quais serão minhas próximas competições. Estava me preparando para o Pan Americano em Cuba, no qual me classifiquei para três categorias, mas a CBBD não vai custear nada além da inscrição. Sendo assim não conseguirei ir, pois a viagem é muito cara.
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