A brasileira garantiu suas melhores marcas desde 2015 e chegou perto dos seus recordes nacionais.

A nadadora paralímpica Dayanne Silva (Classe S6), vem de um processo de mudanças. No ano passado em 2017, deixou o Praia Clube de Uberlândia, para representar o Clube de Regatas Vasco da Gama e realizar os treinamentos no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, local que hoje é a casa da natação. Em seguida a atleta fechou contato com o Clube de Regatas Vasco da Gama.



Com as mudanças 2017 foi um ano de aprendizado e que teve efeito no ano de 2018. Dayanne conseguiu resultados expressivos e está voltando ao seu nível de nado e boas conquistas.

“A minha temporada 2018 foi uma das melhores da minha carreira. Em 2015 eu tive as minhas melhores marcas, e depois disso, agora em 2018 foi o meu melhor ano, foi quando eu cheguei o mais próximo das minhas melhores marcas. Então, é sinal que as mudanças e os aprendizados de 2017, tiveram efeito neste ano.”, disse a Dayanne.

A nadadora não conseguiu atingir todos os seus objetivos do ano, que era chegar na casa dos 41s nos 50m borboleta, mas em compensação, conseguiu um feito que te surpreendeu nos 100ms costa.

“Eu não consegui atingir todos os meus objetivos do ano. Principalmente na prova de 50m borboleta, eu queria ter chegado na casa dos 41s e eu só cheguei no 42s baixo (42,19/ 42,13), mas em compensação o costas foi uma surpresa pra mim. Os 100ms costas eu cheguei muito perto do meu recorde e eu não imaginava, então uma coisa compensou a outra”, disse a atleta.

Além de alcançar o resultado inesperado, Dayanne, comemorou em 2018, importantes conquistas. Ela fez o melhor índice técnico na prova 50m borboleta no Open Loterias Caixa, em abril, foi ouro também nos 100 costas. No Parapan-Americano Universitário, a atleta foi destaque ao conquistar três medalhas: dois ouro, nos 50m borboleta e nos 100m costas, e a prata nos 50m livre e para fechar o ano com chave de ouro, garantiu suas melhores marcas e chegou perto dos seus recordes nacionais, no campeonato brasileiro, que foi realizado no final de outubro.

“Foi um ano muito bom, mas eu esperava nadar melhor a minha principal prova que é o borboleta, mas o costas me surpreendeu, por ser a minha segunda melhor prova e eu nadei melhor do que eu imaginava, então acho que 2018 não superou minhas expectativas, mas foi um ano bom, pensando em 2019”, disse a atual campeã brasileira dos 50m borboleta.

O ano de 2019 será de muitas competições importantes para a natação paralímpica, que terá pela frente o Parapan-americanos e o Mundial da Malásia, que serão de extrema importância para a classificação para Tóquio 2020.

Mas inicialmente, a Dayanne tem como foco o Parapan-Americanos e para garantir a vaga a atleta precisa manter a sua primeira colocação no ranking das Américas, nos 50 borboletas.

“Meu grande objetivo em 2019 é o Para pan-americano no Peru, que é uma competição que eu tenho recorde pan-americano. Então meu principal objetivo é ir, manter meus títulos que eu tenho lá, conseguir melhorar minhas marcas lá, de início esses são meus principais objetivos. Então, primeiro quero conseguir garantir minha vaga no Parapan de Lima e depois, pensar em garantir a vaga para o Mundial da Malásia e em seguida os Jogos Olímpicos de Tóquio. Que garante vaga através do ranking mundial e pelos índices que o Comitê Paralímpico ainda vai divulgar.”, comentou a nadadora.

As competições de 2018 já encerraram para a atleta brasileira, mas a nadadora continua os treinamentos no Centro Paralímpico Brasileiro até o dia 20 de dezembro, quando segue para um período de descanso em Natal, cidade de seus pais e retorna aos treinamentos no dia 8 de janeiro, para a temporada 2019.

A nadadora nasceu com má formação congênita dos membros superiores. Natural de São Tome, no Rio Grande do Norte, Dayanne, 26, começou a nadar há 12 anos, por indicação de um amigo. Agora ela também está cursando segundo semestre de nutrição.

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Dayanne Silva teve 2017 de mudanças e espera 2018 melhor

Dayanne Silva, atleta do Vasco/ Foto: Fernanda Oliveira