Competições chegaram ao fim neste domingo na Arena Carioca 3, no Rio de Janeiro (RJ).

Chegou ao fim neste domingo, 29, umas das mais importantes maratonas de competição da ginástica artística nacional. Durante cinco dias, a Arena Carioca 3, no Rio de Janeiro (RJ), foi palco de duas competições, o Torneio Nacional e o Brasileiro Caixa de Especialistas. A primeira reuniu atletas de todo o País nas categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulto nas divisões iniciante, intermediário e avançado. Já o Brasileiro contou com a presença da elite da modalidade, que disputou o título de cada aparelho.


Com um público animado com a disputa, seis atletas se apresentaram em cada aparelho neste segundo dia de campeonato. Os campeões foram definidos pela média da nota dos dois dias e não somente atletas consagrados subiram ao pódio. Novos nomes da ginástica brasileira também marcaram presença.

No masculino, Renato Oliveira, do Pinheiros, foi o vencedor no solo (13,763), seguido por Arthur Zanetti, do SERC/Santa Maria (13,588) e Caio Souza, do São Bernardo (13,488). No cavalo com alças, Francisco Barretto, do Pinheiros, foi o campeão (13,425), Péricles Silva, também do Pinheiros, ficou com a prata (13,0625), empatado com Lucas Bittencourt, do SERC.

Nas argolas, o campeão olímpico Arthur Zanetti conquistou mais um ouro (14,488), seguido por Gabriel Barbosa, do Minas Tênis Clube (12,400), e Guilherme Oliveira, do Pinheiros (12,050). Zanetti voltou a subir ao lugar mais alto do pódio no salto. O atleta do SERC somou 14,125, empatado com Luis Porto, do GNU. A terceira posição foi para Arthur Nory, do Pinheiros (13,856).

Nas paralelas, o ouro foi de Péricles Silva (13,388). Caio Souza ficou com a segunda posição (13,000), e Lucas Bittencourt com a terceira (12,938). Lucas foi também o primeiro colocado na barra fixa (13,325), à frente de Leonardo Souza, do Minas Tênis Clube, Gustavo Polato e Renato Oliveira, ambos do Pinheiros. Todos os três terminaram empatados com 12,8625.

Zanetti, que acaba de voltar do Mundial de Montreal, no Canadá, ficou feliz com o desempenho. “Foi uma boa competição. Três aparelhos e três pódios. Foi muito bom, com 100% de aproveitamento. Estou feliz por ter voltado a fazer solo e salto muito bem. Agora é finalizar o ano e entrar de férias”, contou o dono de duas medalhas olímpicas, que já está de olho em Tóquio 2020. “O primeiro ano do ciclo olímpico é bastante complicado. Fiz uma cirurgia depois do Rio e está sendo muito puxado. É um ano que cansa bastante. Agora é descansar para seguir bem no ano que vem, que já tem classificação para as Olimpíadas. O ciclo começou bem e preciso me recuperar para os próximos anos.”

Arthur Nory também esteve em Montreal e também após algumas cirurgias pelas quais teve que passar, vai ganhando confiança pouco a pouco. Ele conta que aproveitou muito esses dias dentro do Parque Olímpico. “Tivemos uma estrutura muito boa e a organização está de parabéns. A torcida veio prestigiar. Eu vim bem focado no solo e na barra. Na barra tive duas quedas no primeiro dia, então, não deu. No solo competi muito bem. Hoje tive uns errinhos bem técnicos e preciso treinar mais, me preparar bem. Antes participei do Mundial que conta muito também. Hoje o ano de competições acaba para mim e agora já vamos pensar em 2018. Vou me dedicar ao individual geral para a ajudar a equipe brasileira na classificação para Tóquio.”

Caio Souza, que chegou à final do individual geral no Canadá, hoje subiu duas vezes ao pódio. “Competir no Rio de Janeiro é muito bom. Foi um campeonato muito bonito. Estava bem cansado por conta do ritmo de competição que venho tendo. Tive muitas quedas e erros, mas estou feliz por ter competido mais uma vez e ter mostrado que estou na briga.”

No feminino, o salto teve vitória de Luiza Domingues, do CEGIN (13,500). A segunda posição foi para Isabelle Retamiro, do Flamengo (13,313), e a terceira com Carolyne Pedro, do CEGIN (13,038). O ouro das paralelas foi para Lorrane Oliveira, do Flamengo (12,575), a prata para Carolyne Pedro (12,475), e o bronze para Luiza Domingues, do CEGIN (12,350).

Na trave, o primeiro lugar ficou com Fabiane Brito, do CEGIN (13,128), a segunda posição com Anna Reis, também do CEGIN (12,650), e a terceira para Carolyne Pedro (12,450). No solo o ouro foi para Thais Fidelis (13,200), e para Fabiane Brito, ambas do CEGIN. Isabel Barbosa, do Pinheiros, ficou com o bronze (13,125).

Além dos títulos no aparelhos, a competição deu também ao Pinheiros, no masculino, e ao CEGIN, no feminino, o prêmio eficiência.

Para Lorrane Oliveira este foi um bom retorno. “Esta foi primeira competição pelo Flamengo depois da Olimpíada. Estou feliz por estar voltando, fiz uma cirurgia no pé. Fiquei feliz com a medalha nas paralelas e esse é só o começo. Daqui para a frente é continuar trabalhando.”

Fabiane Brito fez bonito entre atletas experientes e vê um bom futuro pela frente. “Acho que a competição foi boa. Eu dei o meu melhor, coloquei elementos novos. Por ainda ser juvenil acho que me saí bem na categoria. Fiquei em segundo no Brasileiro atrás da Thais no individual geral e aqui fui ouro no salto”, lembrou.

Resultados completos: goo.gl/FkqzeG

Pódio solo/ Foto: Ricardo Bufolin/CBG