Na disputa por equipe o Brasil terminou em oitavo lugar e no individual Jovane Guissone, ficou com a quinta colocação na espada B, melhor resultado do país.

Terminou neste domingo, 12, a participação do Brasil no Mundial de Esgrima em Cadeira de Rodas. A competição foi realizada no Hotel Hilton Airport, em Roma, na Itália. O Brasil concluiu seu desempenho ao alcançar o oitavo lugar na prova por equipes da espada. A Seleção volta seu foco às competições de 2018, cujas pontuações valerão para a composição do ranking mundial que definirá os primeiros classificados para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.


O gaúcho Jovane Guissone, o paulista Lenílson Oliveira e o paranaense Moacir Ribeiro compuseram o time nacional na disputa que encerrou o evento. O Brasil superou na estreia o Canadá, por 45 a 36. Em seguida, caiu nas quartas de final contra a Itália, por 45 a 22. Derrotas para a Hungria (45 a 31) e Ucrânia (45 a 19) colocaram a equipe na oitava colocação na espada. Atleta mais experiente do grupo, Jovane, 34, vê o lado positivo da participação brasileira na competição.

“Um ano após os Jogos Paralímpicos, era a hora que tínhamos para fazermos testes. O Mundial serviu para nós avaliarmos algumas ações, porque no próximo ano é que se tem início a classificação para os Jogos. Foi um ano complicado, pois tive de mudar de clube e equipe. Claro que queria uma medalha e um resultado melhor, mas para o ano que vem vamos trabalhar bastante para conseguir a vaga para Tóquio por meio do ranking mundial”, disse Jovane Guissone, que teve uma lesão na medula aos 22 anos causada por disparo de arma de fogo durante um assalto.

O melhor resultado brasileiro em Roma foi obtido justamente por Jovane, que ficou com a quinta colocação na espada B (para atletas com menor mobilidade de tronco). A Rússia foi o principal destaque do evento, com 22 medalhas: cinco de ouro, seis de prata e outras 11 de bronze. Itália (quatro ouros, duas pratas e três bronzes) e Hungria (três ouros, duas pratas e dois bronzes) completaram o Top 3 nas nações.

“O Mundial era a primeira competição do ciclo paralímpico que se iniciou. Tínhamos uma equipe bastante nova, com exceção ao Jovane, que é mais experiente. Estamos em um momento de transição de time e foi bom para testarmos os atletas, darmos mais experiência a eles no cenário internacional, em combates de alto nível. Agora é focar nessa melhora do nível técnico”, disse Ivan Schwantes, técnico-nacional da esgrima em cadeira de rodas do Brasil.

Cerca de 210 atletas de 31 nacionalidades participaram do Mundial de Roma. A Seleção Brasileira contou com uma delegação composta por quatro atletas. Vinte e duas medalhas de ouro foram distribuídas ao longo dos seis dias de competição. A última edição do Mundial de Esgrima em Cadeira de Rodas havia acontecido em Eger, na Hungria, em 2015.

Jovane Guissone/ Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Fonte: CPB