Alex completou os mais de 42km do percurso em 2h28min20 e conquistou a medalha de ouro.
Alex Pires faturou na manhã do domingo, 23, a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Maratona do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). O gaúcho foi o melhor entre os atletas da classe T45/46 (amputados de membros superiores), em prova disputada simultaneamente à Maratona de Londres, na Grã-Bretanha.
Alex completou os mais de 42km do percurso em 2h28min20 – mais de um minuto à frente do segundo colocado, o marroquino Abelhadi El Harti, que registrou 2h29min38. Completou o pódio o britânico Derek Rae, que cravou 2h33min24.
“Hoje posso dizer foi um dia iluminado, tudo perfeito! Sai para fazer o que tinha que ser feito, desde que largamos sempre estive liderando, ou muito perto da liderança. Em alguns momentos meu adversário do Marrocos fez algumas investidas, tentando me desgastar antes do km 30, mas estava muito bem e quem acabou se desgastando foi ele. E a partir do km 28 comecei correr mais forte, fazendo o marroquino fazer mais força e no km 30 comecei abrir, chegando no km 33 já estava com boa vantagem, continuei correndo forte, visando meu recorde pessoal e quem sabe um recorde mundial na classe, e posso dizer estava muito perto, mas faltando por volta 4 a 3 kms pro fim quebrei o ritmo forte que vinha desempenhando e não foi possível bater essas metas. Mas em momento nenhum deixei de pensar que venceria essa prova. Agradeço à todos pela torcida e palavras de apoio e agora pós-prova palavras de felicitações, estou lendo todos, mas vai ser impossível responder, por ser muitos”, comentou o brasileiro Alex Pires em sua rede social, após a conquista da medalha de ouro.
Essa é a segunda medalha de Alex em competições deste tipo. Em 2015, ele havia ficado com a medalha de prata, em prova também disputada na Maratona de Londres. O atleta de 26 anos ainda soma quatro medalhas em Mundiais de Atletismo, todas em provas de fundo – três pratas e um bronze.
Alex descobriu que possuía um encurtamento no braço esquerdo com apenas oito anos. Desde então, procurou tratamento, mas devido à complexidade da situação em perder o movimento do membro, optou por não fazer uma cirurgia. Conheceu o atletismo paralímpico em 2007.
Fonte: CPB