Chegada à calmaria dos trópicos deixou competição aberta entre cinco barcos. Brasileira Martine Grael, passará pela primeira vez pela Linha do Equador.
A segunda etapa da Volvo Ocean Race terá seu momento mais significativo nesta segunda-feira, 13, quando os barcos farão a passagem pela Linha do Equador. Mais lentos após as calmarias intertropicais, chamadas de Doldrums, os times estão divididos em dois grupos: os líderes formados por Dongfeng Race Team, MAPFRE, Team Brunel, Vestas 11th Hour Racing e team AkzoNobel e os que estão mais atrás, que são Turn the Tide on Plastic e Sun Hung Kai/Scallywag.
O destino final será a Cidade do Cabo, na África do Sul. Os barcos partiram em 5 de novembro de Lisboa, em Portugal, para uma longa descida pelo Atlântico de 7 mil milhas náuticas.
Cruzar a Linha do Equador é especial para os velejadores de oceano, mas principalmente aos novatos. A brasileira Martine Grael fará a passagem pela primeira vez. Tradicionalmente, os atletas passam por rituais de batismo. A patente maior ou mais respeitada do barco se vestirá de Netuno e fará alguma brincadeira com o marinheiro de primeira viagem.
No blog da Volvo Ocean Race, um dos mais experientes velejadores da regata, o holandês Bouwe Bekking fez um texto, neste domingo, 12, simulando um diálogo entre ele e o Rei Netuno à bordo do Brunel.
”Nós temos apenas três novatos, um da terra de Cloggy, um Kiwi e um Aussie”, brincou Bouwe Bekking, que disputa sua oitava regata de Volta ao Mundo. ”Esses caras estavam no meu retiro da Bermudas na America’s Cup? Sim, eles cortaram um pedaço da minha barba com seus barcos de foile! Isso realmente me irritou, vou descobrir isso no dia seguinte”.
Brincadeiras à parte, os velejadores tentam negociar com os Doldrums. O Dongfeng, que tinha pequena vantagem e com menos barcos na sua cola, agora vê pelo menos quatro com reais chances de sair das calmarias em igualdade de condições.
A Etapa 2 deve durar mais de 20 dias, ou seja, está apenas na sua primeira semana de três.