O brasileiro conquistou a medalha de prata nos 50m borboleta. Henrique Martins, também disputou a final e terminou em sexto colocado.
Nicholas Santos é um fenômeno. O nadador de Ribeirão Preto, aos 37 anos, é o mais velho medalhista em Mundiais de natação em atividade e esta noite confirmou sua excepcional forma ao ganhar novamente a prata nos 50m borboleta (22s79). No último Mundial, em Kazan 2015, ele também foi o vice-campeão da prova. O vencedor da disputa foi o britânico Benjamin Proud (22s75). O ucraniano Andrii Govorov ficou com o bronze (22s84).
“Estou “super feliz”, estou no “plus”,com 37 anos, sou o nadador mais velho a ganhar medalha em Mundial e ainda estão me perguntando se vou para 2020. Calma, um ano de cada vez, vamos pensar primeiro no Mundial de Curta (25 metros) do ano que vem. Venho acompanhando os caras competindo e sabia que ele (Benjamin) quando descansasse nadaria bem melhor. Não esperava grandes resultados do Govorov, e no momento que você coloca pressão se vê quem segura a onda ou não. Eu não pude analisar o numero que eu fiz, mas a sensação era igual ao tempo que fiz no Maria Lenk (22s61 – Recorde Sul-Americano). Eu queria ter sido o primeiro, mas o Proud sendo o primeiro fiquei mais aliviado, é um cara bacana. O americano ficou batendo no bloco, gritando na entrada e depois “não segurou a bronca”, disse o medalhista de prata.
Dois anos são muito tempo em se tratando de esporte e os cenários podem mudar radicalmente. No último Mundial em Kazan (2015), Proud havia ficado com o oitavo lugar e Govorov terminou na quinta colocação. Os medalhistas no pódio com Nicholas foram o francês Florent Manaudou (ouro) e o húngaro Laszlo Cseh (bronze). Os tempos não dariam pódios a nenhum deles em Budapeste. O ouro em Kazan chegou em 22s97, a prata em 23s09 e o bronze, em 23s15.
Curiosamente, no Mundial da Rússia o Brasil obteve as mesmas colocações: segundo e sexto lugar. A diferença foi que em Budapeste ao invés de Cesar Cielo (23s21) foi Henrique Martins o sexto colocado, com 23s14, tempo que lhe daria o bronze há dois anos.
“A gente sempre entra numa final com a expectativa de conseguir o pódio. O objetivo inicial era pegar a final, mas quando você está na final a cabeça começa a pensar como seria entrar no pódio. O tempo foi praticamente o mesmo da semifinal. Não errei nada na prova, fui consistente, mas não era o suficiente para estar neste pódio. Estou feliz, mas com um gosto de “quero mais”. A gente tenta acelerar o processo, mas de 2014 pra cá eu amadureci muito na parte de treinamento, e na parte mental que acho que é a principal. Falta um pouco ainda. Em Mundial não tem espaço pra ficar nervoso. Foi bom, mas podia ser melhor. Agora vou descansar porque ainda tenho os 100m borboleta (na sexta-feira) e quero ter um bom resultado lá, disse Henrique.
Fonte: CBDA