Hoje, a atleta é a primeira e única do país a competir na patinação de velocidade no gelo
Há quase 3 anos na patinação velocidade de gelo, Larissa Paes é a primeira e única brasileira a competir nessa modalidade e ela quer fazer história, quer estar nos Jogos Olímpicos de inverno de 2022, em Beijing e tornar a primeira atleta do país a conquistar a vaga nesse esporte. Ela sabe que não é um objetivo fácil, mas tem feito de tudo, para conquistar esse feito histórico.
Larissa vem de transição da patinação de rodas para o gelo. Tudo isso começou em 2018, quando participou de uma semana de aprendizado no gelo na Holanda e teve uma experiência positiva. Em seguida a patinadora entrou em contato com a CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo) e por indicação deles, participou de um programa de treinamento intensivo em Salt Lake City, e desde então, a atleta vive uma rotina de idas e vindas, entre Brasil e Estados Unidos.
Mas a pandemia fez com que a brasileira começasse a pensar diferente, já que com esse novo momento que estamos vivendo, a entrada e saída dos países se tornam cada vez mais difíceis, além de ser de um país onde não existe um local ideal para treinamento no gelo. A temporada olímpica, merece uma atenção maior, para quem quer conquistar uma vaga em Beijing 2022.
“Por ser temporada olímpica, eu optei por permanecer nos Estados Unidos, apesar das inúmeras dificuldades que essa decisão acompanha. Foi uma escolha bem difícil mas necessária para ter a melhor chance de conquistar uma vaga nas Olimpíadas. Assim eu consigo fazer toda a preparação de base junto com o grupo de treino desde já, no Brasil me manter treinando é bem difícil, já que não existe local, nem treinamento da patinação no gelo.”, disse Larissa Paes sobre a decisão de se manter treinando nos Estados Unidos.
A atleta está nos Estados Unidos com a ajuda do COB em parceria com a CBDG e com o apoio total da família, que tem ajudado na busca por esse sonho.
Há 3 temporadas na patinação de velocidade no gelo, Larissa já disputou alguns campeonatos internacionais em Salt Lake City, em Milwaukee e em Calgary – Canadá, torneios estes que ajudam na evolução da brasileira na modalidade. Ela revela que é um processo lento, mas que vê melhora a cada dia.
“Desde o início já comecei a competir, é um esporte muito difícil e desafiador, então os resultados tem sido lentos, mas com melhoras consistentes. Disputei alguns campeonatos internacionais abertos e a cada competição tive grandes aprendizados, na maioria fui capaz de melhorar meus tempos, fazendo novos recordes brasileiros. A última temporada foi um pouco mais difícil, devido à pandemia não pude vir no início da temporada, o que me custou bastante em termos de performance. Felizmente no meu último campeonato consegui fazer um novo recorde nos 500m. Já dei início aos treinos aqui, estamos na preparação de base da temporada olímpica, dando o melhor a cada dia para ter bons resultados no inverno”. A temporada olímpica mais importante desse ciclo já começou e Larissa terá alguns meses para se preparar antes dos primeiros torneios oficiais para qualificação (estão previstos para novembro) e antes deles, o foco da brasileira está nas disputas dos eventos locais e nacionais, que estão previstos para setembro, esses que servirão de qualificação para o circuito mundial.