Nos Jogos Paralímpicos de 2016 a equipe brasileira de tênis de mesa tinha uma meta, conseguir medalhar em disputas individuais, já que o Brasil nunca havia medalhado antes em jogos olímpicos e paralímpicos, apenas em disputa por equipes.
No dia 12 de setembro de 2016 no Riocentro 3, o brasileiro Israel Stroh da classe 7 estava pronto para fazer história para o país. Ele enfrentou o britânico William John Bayley e acabou perdendo por 3×1 e assim, garantiu a medalha de prata. Sim, uma prata, com gosto de ouro! Essa é a primeira medalha que o Brasil conquistou em edições olímpicas e paralímpicas e que ficará pra sempre na memória dos brasileiros apaixonados pelo tênis de mesa!
“Sobre a campanha no Rio 2016, foi um sonho realizado. Foi sensacional tudo o que aconteceu lá no Rio de Janeiro, a torcida, de ter sido um evento da grandiosidade que foi, eu fico muito feliz de ter feito história para o Brasil no nosso país! Carrego essa felicidade como grande combustível neste próximo ciclo. Porque o que eu vivi foi muito legal, e eu quero viver de novo. Quero viver agora um pouco longe né, no Japão, mas quero viver um ciclo inteiro muito bom, não só uma competição, mas quero merecer ter quatro anos muito bons”, comentou o medalhista de prata.
Israel Stroh, que havia começado os Jogos Paralímpicos de 2016 em 12º lugar, recebeu na última terça-feira, 7, a notícia de que havia subido no ranking mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa Paralímpico (IPTTC), para a 5ª colocação. O brasileiro comenta que tem acompanhado as competições e ficado de olho em seus adversários.
“Não foi surpresa, porque eu acompanho os resultados internacionais e quando não estou competindo, fico de olho no que esta acontecendo nas competições. No aberto da Itália que aconteceu esses dias, um dos meus adversários o holandês, acabou perdendo alguns jogos para adversários abaixo no ranking e acabou perdendo ponto. Quando perdemos para algum jogador que esta abaixo, nós perdemos bastante ponto, então é um critério importante, você se regular quando você é favorito para ganhar, e zebras acontecem. Eu estava acompanhando o aberto da Itália, e quando o holandês perdeu um jogo, eu comecei a fazer cálculos e vi que eu poderia ultrapassa-lo, quando terminou o campeonato eu tive essa possibilidade confirmada, mas esperei para que fosse realmente confirmado pela federação”.
Dos quatros atletas que estão a frente de Stroh no ranking mundial, o brasileiro venceu todos nas Paralímpiadas 2016 no Rio de Janeiro. Esse é um fator que faz Israel acreditar em chegar ao topo do mundo e ir cada vez mais longe. Até 2020, ele ainda quer garantir bons resultados, como ser campeão mundial.
“Eu tenho todos os motivos possíveis para acreditar que eu consigo subir no ranking e seguir até o primeiro lugar do mundo, se eu for merecedor. Até Tóquio 2020 eu quero tudo, eu quero fazer o máximo de história possível, eu acho que eu me credenciei a acreditar nisso, e eu quero tudo. Quero chegar no primeiro lugar do ranking mundial, quero ser campeão mundial em 2018, e obviamente eu quero encerrar o ciclo com a medalha de ouro em Tóquio”.
O medalhista de prata e quinto melhor do mundo sabe que para conseguir se manter entre os melhores e para chegar a ser o melhor do mundo, ele ainda tem que batalhar muito.
“A gente nunca pode esquecer, apesar de acreditarmos na possibilidade real de grandes conquistas, não podemos esquecer da dificuldade que é, que lá vão estar os melhores do mundo, que eu me credenciei a estar entre os melhores do mundo. Mas, entre estar entre os melhores, ser o melhor e me confirmar como o melhor, tem passos enormes ainda para se chegar lá, mais eu acho que até 2020 essa é minha meta”.
Ele segue treinando e pensando nos seus objetivos. Para 2017 Israel terá pela frente o aberto da Eslovênia, o campeonato mundial por equipes na Eslováquia, em seguida o aberto da Espanha, aberto da Alemanha e os Jogos Parapan-Americanos no Brasil em novembro deste ano.