Brasil terá quatro atletas em ação na competição que será realizada de 7 a 12 de novembro.

A Seleção Brasileira de esgrima em cadeira de rodas embarcou no sábado, 4, para o Mundial de Roma, na Itália. A competição acontecerá de 7 a 12 de novembro no hotel Hilton Rome Airport e abrirá o calendário de grandes eventos internacionais da esgrima adaptada no ciclo que culminará nos Jogos de Tóquio 2020. 


 
O Brasil terá na competição uma delegação composta por quatro atletas. O principal destaque é o campeão paralímpico da espada B (para atletas com menor mobilidade de tronco) em Londres 2012, Jovane Guissone. O gaúcho tentará sua primeira medalha em Mundiais e será acompanhado por Alex Souza, Lenilson Oliveira e Moacir Ribeiro, todos da classe A (atletas com mobilidade de tronco, amputados ou limitação de movimentos). Confira abaixo a relação de perfis dos esgrimistas. 
 
“Estou trabalhando para chegar a este Mundial de Roma e conseguir um belo resultado. Uma medalha seria também bastante importante para melhorar o meu ranking mundial, já que será uma das oportunidades de competir fora do Brasil”, disse Jovane, que sofreu uma lesão na medula aos 22 anos causada por disparo de arma de fogo durante um assalto e perdeu os movimentos dos membros inferiores.  
 
A última edição do Mundial de Esgrima em Cadeira de Rodas aconteceu em Eger, na Hungria, em 2015. No Mundial de Roma, 22 medalhas estarão em jogo ao longo dos seis dias de competição. 
 
Conheça a história dos convocados
Alex Sandro Souza- Categoria: A
História: Alex Sandro nasceu prematuro, aos sete meses, e com uma má formação congênita na perna direita. Começou a praticar a esgrima em cadeira de rodas em 2010, por meio do Esporte Clube Pinheiros. Antes, foi dançarino profissional e também chegou a praticar maratonas.

Jovane Guissone- Categoria: B
Principais conquistas: ouro na espada nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.
História: Jovane teve uma lesão na medula aos 22 anos causada por disparo de arma de fogo durante um assalto. Três anos depois do ocorrido, passou a treinar a esgrima e se identificou com a modalidade.

Moacir Manoel Ribeiro- Categoria: A
História: Moacir Ribeiro trabalhava como motoboy e perdeu a perna esquerda após ser atropelado por um carro. Conheceu o esporte por meio da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, em Curitiba. Em um primeiro momento, foi atleta de natação mas, em 2012, mudou-se para a esgrima em cadeira de rodas.

Lenilson Oliveira- Categoria: A
História: Um acidente de moto em 2009 fez com que Lenilson Oliveira tivesse de ter a perna esquerda amputada abaixo da canela. Um ano mais tarde, por meio de um professor da Unicamp (SP), teve o primeiro contato com a esgrima em cadeira de rodas – modalidade que pratica até hoje. 

Fonte: CPB