O brasileiro enfrentou alguns desafios até chegar no pódio da etapa Mundial de Okinawa.
Edemilson Gutz trouxe para o Brasil a medalha de prata na categoria Kumite -60kg do Karate1 Séries A Okinawa. A competição aconteceu neste final de semana, dias 25 e 26 de novembro, no Japão, e contou com a participação de mais três brasileiros.
Para chegar ao pódio, o brasileiro derrotou o coreano Lee Ji Hwan por 2 a 1, o japonês Hideya Yoneyama por 5 a 1, o espanhol Matias Garcia por 5 a 2 e o italiano Angelo Crescenzo por 5 a 1. Na final, acabou derrotado pelo iraniano Amir Mehdizadeh, campeão mundial em 2016, por 4 a 0.
Até chegar no tão sonhado pódio Edemilson, passou por algumas dificuldades durante a viagem. O brasileiro conseguiu confirmar a sua ida apenas no dia 17 de novembro e seu voo sairia no dia 20.
“Eu consegui confirmar a minha passagem apenas no dia 17, para viajar dia 20. Eu dependia do visto e consegui retira-lo apenas no dia 16. Iniciei a viajei e fiz escala em Londres, chegando lá perdi meu passaporte dentro do avião. Deixei lá dentro e sai e ninguém mais achava. O aeroporto de lá é gigante, foi bem complicado, a moça da companhia área chegou a me dizer que não tinha o que fazer. Mas, por sorte um moço conseguiu achar e levou o passaporte até mim. Com o problema do passaporte acabei perdendo meu voo para Tóquio, mas eles resolveram, me colocaram em um voo de outro horário e não me cobraram nada”.
Com o passaporte em mãos chegou a vez do karateca brasileiro embarcar para Tóquio, a “casa do karatê”, local onde foi realizada a competição. Chegando no aeroporto, na quarta-feira,22, mais um desafio para Edemilson: sua mala havia sido extraviada.
Com a cabeça quente, mas precisando focar na competição, o brasileiro foi atrás e a resposta que teve era que sua mala chegaria no sábado, 25. O lutador tinha seu combate marcado para o domingo e devido a isso, queria fazer os ajustes finais nos dias que antecedia a luta. Edemilson chegou a pegar emprestado com seus colegas de treino, todos os acessórios necessários para perder peso.
Já treinando, os karatecas receberam um novo cronograma e sua luta que estava marcada para o domingo, 26, foi remarcada para o sábado, dia que sua mala chegaria de volta. Com a noticia da mudança, o brasileiro pegou um quimono, as luvas e caneleiras com seus parceiros de treino, mas não precisou utilizar os acessórios, já que a sua mala chegou algumas horas antes de sua luta.
“Com certeza essa conquista é de extrema importância. Okinawa é o berço do karatê e era um sonho pra mim conhecer. Além do mais neste dia 30 de novembro, apresento o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que é relacionado ao karatê e pude conhecer mais a história da minha modalidade. Agora sair daqui fazendo a final, nossa… Parece surreal. Sabemos do nível dessa competição, e todas as dificuldades que passamos, que para a maioria não existe. Esta medalha de prata tem um sabor especial, principalmente diante de todas as dificuldades que passei, até conquista-la”.
Rafael Nascimento, Valeria Kumizaki e Claudina de Souza também defenderam o país, sendo eliminados nas primeiras rodadas.
Agora os brasileiros retornam para o Brasil, onde seguem a preparação visando o Pré-olímpico final, que será realizado, entre os dias 8 e 9 de dezembro, na cidade de Araguaína/TO.