Única representante da esgrima em Portugal, a paulista de 26 anos treina antes de viajar para a Itália e tem como meta o Pré-olímpico, em abril, no Panamá.
O ginásio polidesportivo do complexo de Rio Maior, em Portugal, se transformará nas próximas semanas em uma pista exclusiva de esgrima para a brasileira Bia Bulcão. Única representante da esgrima na Missão Europa do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a paulista de Cotia seguirá no dia 16 para a Itália para dar continuidade aos treinamentos visando o Pré-olímpico, em abril, no Panamá. Em 2019, Bia fez história e conquistou a primeira medalha de uma brasileira na prova do florete em Jogos Pan Americanos: o bronze.
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“Meu principal objetivo de vir para Rio Maior foi para retomar a uma rotina de treinamentos intensos. Depois de cinco meses treinando em casa, gradualmente voltando aos treinos em São Paulo, longe das condições ideais para me preparar para o Pré-olímpico. Aqui tenho toda a estrutura para fazer uma boa preparação física, além do acompanhamento médico e fisioterapêutico. E ainda ter a disponibilidade de fazer a parte técnica para voltar ao ritmo de treinos e daqui poder seguir para Itália, onde seguirei me preparando para o Pré-olímpico, em abril”, explicou Bia, que está em Rio Maior acompanhada do treinador Bernardo Schwuchow e da atleta juvenil Gabriela Vianna, de 16 anos.
O ano de 2020 está sendo de superação para Bia. Em março sofreu um grande baque com a morte de seu primeiro treinador. O russo Gennady Miakotnykh, mestre de grandes campeões olímpicos, foi o técnico de Bia Bulcão desde o primeiro treino na esgrima. Ele permaneceu como seu técnico pessoal até o final de março de 2020, quando faleceu, aos 79 anos. Com a pandemia e o isolamento social, foram quase cinco meses com treinos adaptados no corredor de casa ao lado da irmã, que já fez esgrima. Agora, na Missão Europa, sente-se motivada novamente.
“Quando a gente está treinando em casa, é um pouco complicado se manter motivada. Ter toda essa estrutura, voltar a treinar, fazer o que a gente ama, nos dá uma motivação maior e nos faz sentir novamente como atletas. Ver os outros atletas treinando com os mesmos objetivos, traz mais foco e concentração”, apontou a atleta, que chegou à sexta colocação do ranking mundial do florete, em 2012/ 2013.
Fonte: Site Time Brasil