Izabela Campos conquistou a medalha de bronze no lançamento de disco F11 (cego total).
André Rocha, 40, conquistou nesta terça-feira, 18, a medalha de ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres. O paulista de Taubaté foi o vencedor do lançamento de disco F52, na competição que está sendo disputada no Estádio Olímpico.
O brasileiro sagrou-se campeão ao atingir a marca de 23,80m em sua quarta tentativa – novo recorde mundial da prova. Até a metade da disputa, ele estava atrás do letão Aigars Apinis, que terminou com 21,95m. O bronze foi para o croata Velimir Sandor, que finalizou sua participação com 17,95m.
André coroa, desta maneira, o melhor ano de sua carreira. No mês passado, ele já havia estabelecido a melhor marca mundial no lançamento do disco, com os 23,24m conseguidos no Grand Prix do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) de Berlim, na Alemanha.
“As pessoas não fazem ideia do que esse título significa para mim. Para quem chegou até a cogitar abandonar o esporte ou até ir para outra modalidade, alcançar algo como esse ouro não tem preço. Foi muita luta, suor e fé em Deus. Tenho de agradecer à minha família, treinador… Muita gente que me apoia e que acredita no meu trabalho. Estou muito, muito feliz”, afirmou, emocionado, André, que era policial militar e, em uma perseguição no final de 2005, caiu de um muro e sofreu uma lesão na coluna.
Izabela Campos também subiu ao pódio nesta manhã. A mineira de Belo Horizonte voltou a conquistar a medalha de bronze no lançamento de disco F11 (cego total) – a exemplo do que já havia feito há dois anos, no Mundial de Doha (Catar), e no ano passado, nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Ela subiu ao pódio com a marca de 31,83m – a sua melhor na temporada. Aos 36 anos, ela ficou atrás apenas das chinesas Liangmin Zhang (35,11m) e Hongxia Tang (33,63m).
“Este resultado é fruto de um trabalho que começou antes dos Jogos do Rio 2016. Foi uma prova em que nem eu e nem minhas adversárias fizeram as melhores marcas, mas estou bastante satisfeita com o resultado”, disse a atleta, que teve sarampo aos 6 anos e perdeu a visão progressivamente até ficar completamente cega aos 18.
Izabela retorna ao campo do Estádio Olímpico na tarde desta terça-feira, mas agora para a disputa do lançamento de dardo F11.
Fonte: CPB